Diferentes caminhos que foram unidos! Em uma entrevista exclusiva para o Festival Teen, os artistas Thay Bergamim, Henrique Sganzerla e Giu Nassa falaram muito sobre momentos recentes de suas vidas. Além disso, eles falaram um pouco sobre o que pretendem fazer em trabalhos futuros.
Como vocês descreveriam a carreira de vocês atualmente? Seja dentro ou fora da novela.
Henrique: “Realizado. Eu acho que por tudo que eu sempre tive muita vontade de fazer, eu acho que agora meu sonho está se realizando, sabe? Começando de uma forma que eu sempre sonhei.”
Thay: “A Betina chegou para mim no momento que eu estava bem desistindo de mim. Eu estava achando que eu não era mais um artista boa, que eu nunca mais ia passar no trabalho. Eu inclusive, como eu fiz muita coisa quando eu era criança, eu falava assim: ‘eu acho que eu perdi o meu brilho de criança e não tenho um brilho adulto. Eu não sei como fazer isso’. Eu não estava passando em nada. Era muito mais ‘não’ do que eu estava acostumada e a nossa carreira já é muito ‘não’, no geral. Então quando chegou para mim foi tipo assim, ‘calma, vai dar tudo certo. Você tá no caminho certo, você não precisa desistir. As coisas vão acontecer, mas na hora certa’. Então eu sinto que foi muito um toque de Deus para mim mesmo, sabe? Vai que vai dar certo.”
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Giu: “Se eu fosse escolher uma palavra também eu diria recomeço, resinificação das coisas que eu acreditava saber ou conhecer sobre a minha profissão. Eu sempre tive o sonho de fazer uma novela e, coincidentemente, no ano retrasado, eu tirei um ano sabático de trabalho. Querendo ou não, eu deixei um ano para estudar e me aprofundar mais sobre teatro e artes cênicas no geral, mas coincidentemente nenhum trabalho veio para mim também. Então eu fiquei um ano só aprendendo e sem trabalhar e era uma sensação meio agridoce, de tipo, ‘ok, estou ganhando experiência e estou evoluindo. Estou me sentindo mais preparada para o que vier, mas também não tá vindo nada, então será que é isso? Eu parei por aqui?’ Essa coisa que a Thay falou, ainda mais a gente que trabalha com o mercado infantil. Será que eu já venci? Já passei do prazo de validade? E aí quando veio a novela, primeiro veio a participação em ‘A Infância de Romeu e Julieta’ que foi uma uma oportunidade incrível, e aí quando eu cheguei lá no SBT, todo mundo parece que clicou muito. Eu falei ‘caramba, eu quero muito trabalhar aqui um dia, eu ainda vou trabalhar aqui’. Quando chegou o teste para mim, eu senti essa coisa de recomeço, ainda mais porque veio junto com o fim do BFF Girls, que foi uma era que durou muito tempo na minha vida. Então, encerrei um capítulo muito importante para começar um outro tão importante quanto, que eu acho que pode me abrir outras portas, como atriz.”
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Como vocês tentam sempre reinventar o seu trabalho todos os dias? Como reinventar isso dentro e fora da novela?
Thay: “Eu quando era criança, eu sempre brincava que eu não tinha um plano B, né? Ou ser atriz ou ser atriz. Mas depois quando eu fui crescendo, eu achava que o plano precisava necessariamente ser algo muito distante do que é, muito diferente, tipo: ‘ah, se eu não conseguia aqui.. Vou ser médica!’ E não, o nosso plano B, nosso plano C, tá sempre ali no meio. Então quando eu não tô na TV, eu estou no teatro. Quando não estou no teatro, eu tô dublando. Quando eu não tô dublando, eu tô criando conteúdo para internet. No TikTok, inclusive, eu comecei a fazer coisas para internet, na pandemia, porque eu realmente estava surtando em casa, não sabia onde gastar minha criatividade, né? Porque o ator precisa gastar a criatividade, porque se não ele surta. Eu estava realmente adoecendo porque eu não tinha o que fazer, não tinha nem previsão de quando isso ia acabar. Aí falei ‘ah, porque não né? Passar vergonha na internet, vamos lá brincar um pouquinho.’ Eu comecei a criar os conteúdos e fui vendo que isso é um outro plano também, dá para viver assim, só que eu não preciso necessariamente focar só nele. Você consegue sim conciliar tudo, dá para fazer isso. A nossa profissão, eu acho que ela é feita da gente ficar se reinventando toda hora, da gente estar gastando de fato a nossa criatividade em outras coisas, mas não necessariamente a gente precisa sair do meio dela.”
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Henrique: “Eu acho que a gente pode estar fazendo o que for mas, pra mim, pelo menos o mais importante é a gente não mudar quem a gente é, sempre ser a gente mesmo, tanto na frente das câmeras, quanto conversando com outras pessoas, tudo. Então não ficar se moldando em grupos diferentes para poder se encaixar. Durante muito tempo, principalmente na internet, eu acho que eu me moldava muito para as pessoas começarem a me seguir, falar ‘nossa, gostei do jeito que ele é’. Mas eu fui parando para pensar e falei ‘não é isso daí que eu que eu gosto’, porque não sustenta, né? Eu fiquei tipo ‘caramba, tá, e agora? O que que eu vou fazer?’ e uma hora surta. Aconteceu muito isso comigo. Falei ‘vou começar a ser eu mesmo, quem gostar, gostou, e quem não gostou fica à vontade para sair’.”
Giu: “Essa coisa de ser plural assim, eu sempre prego muito essa palavra de que o artista, o ator tem que passear por todas as áreas, ele tem que ser plural, ele tem que ser multifacetado. Hoje em dia, percebo que todos têm que ser multifacetados, independente da profissão. A vida até onde se sabe, pelo menos, ela é uma só, então pode ser que eu morra amanhã e eu só tive esse tempo que eu passei aqui para experimentar tudo. Então, se eu parar pra pensar muito me frustra um pouco que eu, em uma vida, não vou conseguir ser astronauta, médica, bailarina, veterinária, sabe? Quero viajar para todos os lugares, comer todas as comidas, conhecer todas as pessoas do mundo. Então a profissão de atriz, eu sou muito grata por ter tido esse dom e ter sido incentivada a correr atrás disso, porque eu acho que a profissão que mais me permite, que mais chega perto de ter várias experiências diferentes em um período de vida só, porque cada personagem pode ter uma aptidão diferente, né? Um hobby diferente. Eu posso fazer uma personagem que é médica, eu posso fazer uma personagem que é astronauta, posso fazer uma personagem que é uma atleta, e aí eu tenho que ficar grande e depois eu tenho que emagrecer, e eu tenho que cortar o cabelo, e eu tenho que aprender uma língua nova. Então por isso que eu sempre prego e sempre falo pra todo artista e toda pessoa também: teste, aprenda novos hobbies, se permita conhecer lugares e pessoas, porque o ator é um verdadeiro investigador e observador da vida dos outros. Nós somos uma coletânea de coisas e experiências e pessoas que a gente conhece. Então quando me perguntam ‘ah, é difícil conciliar tudo?’ Eu acho que não não é difícil, é natural, tem que ser natural, eu acho que a nossa vida é sobre isso. Ela é um constante monitoramento do desequilíbrio. Eu acho que o equilíbrio é uma grande ilusão, ainda mais eu uma pessoa com TDAH, essa coisa de ter vários hobbies e querer experimentar coisas diferentes, é isso me traz muita felicidade. Então nunca consegui imaginar minha vida sem isso, para mim nunca foi uma dificuldade conciliar.”
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Henrique, você compartilha nas suas redes sociais questões de rotina, academia e tudo mais. Você acha que é uma vontade sua de se aprofundar no tema ainda mais no futuro?
Henrique: “Eu acho que as redes sociais eu já levei muito a sério, só que não me trazia uma forma, um jeito que eu gostava de ser,. Eu me moldava muito para as pessoas me aceitarem nas redes sociais e eu fui percebendo isso daí ao longo do tempo e eu falei ‘ah, quer saber? não dá para mim.’ Óbvio que tanto na vida como ator e influenciador, você está disposto a receber vários comentários, seja lá quais forem. Podem ser bons ou podem ser muito ruins. Então agora, pelo menos para mim, eu tô trazendo uma forma que eu realmente sou, então eu não tô ‘nossa, agora eu preciso postar esse tipo de conteúdo.’ Não, eu vou postar o que eu quero e é isso. Por exemplo na academia, eu não quero seguir um conteúdo fitness nas minhas redes sociais, eu quero tipo mostrar que eu tô indo, que eu tô me cuidando e às vezes poder incentivar outras pessoas a se cuidarem, né? Porque eu não tô treinando por ‘nossa caramba, quero ficar gigante’. Por mais que eu fale muito isso, eu treino pra ter uma disposição maior, porque eu sinto que quando eu vou para academia o resto do meu dia fica mais produtivo, por isso que eu sempre busco ir o mais cedo possível. Aí sei lá, eu posto eu falando qualquer coisa, e é isso. É o que eu quero postar hoje, eu tô afim disso, então, eu acho que as redes sociais é um plano mais pra ‘vamos ver o que que dá’. Eu acho que nas redes sociais não dá pra gente prever o que que vai acontecer, porque é muito instável. Amanhã pode acabar, pode surgir uma uma outra plataforma, uma outra nova comunicação, alguma coisa do tipo. Então acho que tem muita gente que sobrevive a base das redes sociais, mas é muito isso, é um plano que tem que deixar indo acontecer, tem que aproveitar enquanto tá indo, mas tomando cuidado.”
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Giu, a gente pode realmente esperar você voltando para a área musical no futuro?
Giu: “Sim, com certeza, pode esperar sim. Inclusive, o motivo do término do BFF Girls não é porque eu não quero mais fazer música. É justamente porque eu quero fazer as minhas músicas. Então eu sentia que eu precisava encerrar esse capítulo como uma artista musical dentro de um grupo para poder viver esse capítulo como uma cantora musical solo. Claro que eu tô na novela agora então esse é meu foco principal, até porque é uma novela infantil que tem uma história que eu preciso estar dentro e alinhada com o que a Cristina precisa ser. Mas eu tenho as minhas composições, eu tenho meus projetos que estão guardados há muito tempo, algumas coisas já mostrei para os meus fãs, a galera que me acompanha a mais tempo sabe cantar um refrão ao outro, mas eu tenho praticamente álbuns escritos que eu tenho vontade de lançar. Tenho toda uma imagem e ideia de estética visual. Tenho muita vontade de fazer isso sim, mas ainda assim eu ainda prefiro atuar do que cantar, se me perguntarem hoje, até porque quando eu canto eu não só canto, eu canto atuando. Eu interpreto uma música. Então atuar sempre está intrínseco em tudo que eu faço, ele vem em primeiro, eu sinto que ele está muito mais internalizado em mim do que o canto. Se eu não tivesse estudado, feito fono, aula de canto e tal, talvez eu não cantaria como eu canto hoje. A atuação também, mas eu sinto que eu meio que tenho isso desde de pequena, sabe? Essa coisa de contar histórias, eu acho que tudo está interligado. Compôr é sobre contar uma história, sobre me imaginar no lugar daquele personagem, do eu lírico da música, subir em cima do palco tem essa coisa de desinibição, de poder me soltar e tal. Então eu acho que a minha carreira de atriz vem primeiro, quando as duas coisas puderem se juntar para mim é maravilhoso, como teatro musical ou filmes musicais, projetos musicais. Dessa forma, podem esperar coisas da minha carreira solo sim, e eu sou muito grata ao BFF. Apesar de ter terminado, eu olho para trás com muita muita gratidão à pessoa que eu sou de artista, quem eu sou hoje tem um pedacinho de cada um, de cada uma das meninas, de cada um dos fãs que cruzaram o nosso caminho. Eu aprendi muito sobre o mercado musical e eu me sinto muito mais preparada para lançar as minhas coisas sozinha hoje, tendo passado pelo que eu passei com BFF. Se eu tivesse começado sozinha, eu acho que eu teria penado muito, sofrido muito, gastado muito dinheiro e não teria retornado quase nada e não teria conhecido as pessoas que eu conheço no mercado. Hoje eu tô muito mais encaminhada, sabe? Se eu preciso lançar uma coisa, se eu quero gravar um clipe, um DVD, eu sei exatamente com quem falar, eu sei quanto tempo demora, eu sei mais ou menos o quanto eu vou gastar para fazer tal coisa. Então o BFF foi uma grande escola para mim nesse sentido.”
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Thay, é uma vontade sua voltar para o mundo musical ou para este ramo artístico?
Thay: “Eu sou apaixonada por todas as vertentes da atuação. Eu sempre brinco que eu sou uma atriz que canta, eu nunca consigo me considerar uma cantora. Eu canto, estou afinadinha e tudo mais, mas eu não consigo me considerar uma cantora. Se me botar num palco que nem a Giu eu fico desesperada com o microfone na mão, fico desesperada. Eu preciso realmente estar sempre no contexto de juntar com a a atuação, de estar contando uma história, e para mim é um pouco difícil de levar só a música. Então para mim o contexto de um musical é incrível, para mim com certeza quero voltar a fazer musical. Eu comecei nos palcos através de musical e eu acredito até que eu comecei a ser artista por causa dos musicais da Disney, porque eu era completamente obcecada pelos filmes. Eu queria ser as princesas, eu agia como elas, eu imitava as vozes das princesas e acho que até foi aí que eu comecei a aprender a cantar, a ficar afinada, enfim. Então com certeza eu quero muito voltar pros palcos, assim como eu também quero estar na TV, no cinema, mas realmente o teatro musical ele tem um lugar muito especial pra mim. Já ouvi falar que tem alguns musicais que estão para vir. Já ouvi boatos que vai vir ‘Shrek’, que eu já fiz também, inclusive, a primeira versão da Fiona criança. Agora, quem sabe eu não consigo pegar pelo menos a adolescente? Eu queria muito voltar e com certeza eu vou fazer audições. Eu sinto que antigamente eu não gostava tanto, eu gostava de estar sempre muito preparada para tudo que vier. Agora, eu vejo que é no desafio que eu vou me preparar e tá nessa pressão do diferente do que eu sou, mas eu realmente tenho uma quedinha a mais para o lado da fantasia e comédia. Por exemplo, o pessoal sempre fala para mim: ‘ah Thay, você tem muita energia de Glinda.’ Eu tenho muitas coisas vocais encaixadas na região da Elphaba, por exemplo, mas eu não tenho peso de Elphaba. Fico parecendo uma Elphaba de 14 anos, porque eu não tenho esse peso. Então é isso, seria para mim um grande desafio, não a Elphaba em si mas algum personagem mais dramático mesmo, porque eu realmente não tenho muito esse peso na vida. Então, eu tenho muito essa quedinha pro lado da comédia, da fantasia. Acho que até por causa da Disney mesmo, né? Eu gosto muito dessas músicas heroicas que a Disney traz, que deixa a gente com vontade de viver. Mas eu eu topo qualquer desafio assim, eu sou realmente uma pessoa que quando chega para mim o desafio eu já começo a me imaginar.” Eu sou muito imaginativa assim, então eu e esperançosa então tentou audição, eu já começo a me imaginar no papel.”
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Enfim, o que vocês acharam de todas as reflexões? Gostaram de conhecer um pouco mais da Thay Bergamim, Henrique Sganzerla e Giu Nassa? Então fica ligado nas redes sociais do Festival Teen para ver mais conteúdos como este!
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