O que as polêmicas do ‘BBB20’ podem nos ensinar?

O Big Brother Brasil sempre foi um programa de muito sucesso por inúmeros móvitos, e sabemos que um deles com certeza é a polêmica que alguns participantes geram. Afinal, a gente ama uma polemicazinha, não é mesmo? E a edição atual é provavelmente a recordista disso. Já foram tantas que fica até difícil selecionar só uma, ou eleger o momento mais polêmicos de todos.

Manu Gavassi: a fada sensata também teve seus deslizes

Mas afinal, porque as polêmicas chamam tanto a nossa atenção? Qual será o motivo real de amarmos ver esses momentos constrangedores em que os participantes têm atitudes que muitas vezes consideramos bem erradas? Uma coisa dá para saber: o que essas polêmicas podem nos ensinar!

Se você passa pelo menos uma hora na internet, seja no Twitter, Facebook, Instagram ou em qualquer outra rede social, sabe muito bem que além da diversão, as redes sociais hoje em dia servem para debater e desconstruir certas atitudes problemáticas que, infelizmente, ainda encontramos na sociedade como racismo, homofobia, gordofobia e diversas outras.

Por mais que algumas vezes essas conversas cheguem na “Cultura do Cancelamento” – quando a gente deixa de gostar de alguém que fez algo que desaprovamos, sem dar a chance de a pessoa se explicar ou aprender com os seus erros – dialogar sobre os problemas da sociedade podem sempre servir para revermos nossos conceitos e tentarmos ser pessoas melhores.

Os boys da casa tentaram manipular as meninas e acabaram sendo eliminados um por um

A internet tem esse lado bom, assim como tem o seu lado ruim: Na web muitas pessoas defendem um tipo de atitude, e no mundo real fazem exatamente o contrário. E o BBB é um reflexo da sociedade, onde acompanhamos pessoas comuns (e diferentes entre si) convivendo – e é na convivência que cada um mostra quem realmente é. Porém no BBB cada participante tem suas atitudes julgadas por milhões de pessoas.

Essas atitudes rapidamente se tornam assunto nas redes sociais e as polêmicas começam, e os participantes ganham rótulos de “vilão” ou “mocinho”, mas será que é assim tão fácil rotular as pessoas?

Petrix derruba Pyong para atender o Big Phone: brother teve várias atitudes reprovadas pelo público

Babu , por exemplo, já sofreu com atitudes racistas dos outros participantes, e também já fez diversos comentários machistas. Manu Gavassi, que sempre apoia as outras mulheres da casa, já soltou comentários racistas. Essas atitudes se tornaram polêmicas e foram automaticamente julgadas pelo público. Os participantes merecem ser cancelados por conta disso? Até para quem acompanha o programa 24 horas por dia é difícil fazer esse julgamento.

Então o que aprendemos com isso? Antes de tudo, precisamos estar mais atentos às nossas atitudes e ao julgamento que fazemos dos outros. E saber diferenciar um comportamento errado de um crime – racismo e assédio, por exemplo, são crimes.

Mas muitas das dezenas de polêmicas que os brothers do BBB se metem não tem essa gravidade, e servem de exemplo de o quanto precisamos conversar mais uns com os outros. E é bom observar os brothers tendo atitudes que você considera errada, mas sabe que também faz, então que tal aprender e melhorar? E se alguém acha algo errado, mas você discorda, que tal ouvir o outro lado ao invés de apenas rebater? O que pode parecer besteira para você, pode estar afetando outra pessoa, como um comentário machista que afeta milhões de mulheres todos os dias.

Babu e Prior: tem quem ame, tem quem odeie

Todos podem aprender com seus erros e deixar de cometê-los, mas essa pessoa precisa de ajuda para melhorar – e não de briga e cancelamento – sem esquecer de que em casos graves como assédio e racismo a pessoa precisa ser julgada, mas pela justiça.

O BBB vai além de entretenimento quando abre espaço para conversarmos sobre os problemas que vemos na sociedade. Diálogo sempre será nossa principal ferramente para gerar reflexão e mudança. Por isso aproveitem os temas levantados no BBB para conversar nossa a vida fora da casa, discutir – sem brigar! – e, se for preciso, denunciar o que não deveria acontecer.