NewJeans e ADOR: como o girlgroup do momento acabou em uma disputa judicial

NewJeans e ADOR: como o girlgroup do momento acabou em uma disputa judicial

Que todo mundo sente falta do NewJeans é fato, mas você já parou para tentar entender o que aconteceu? O NewJeans virou um dos nomes mais comentados do K-pop nos últimos anos — e não só pelos hits como “Super Shy”, mas também pela disputa judicial que tomou conta da internet. 

Quando um dos maiores girlgroups da atualidade entra em conflito com sua própria gravadora, fãs ficam perdidos: afinal, o que aconteceu? Por que cinco idols com uma carreira meteórica decidiram romper com a ADOR? E como isso impacta a indústria musical?

Se você sente falta das meninas, continue lendo para entender como começou a briga, quem são os envolvidos, o que rolou durante quase um ano de disputa e como tudo terminou.

Como a troca judicial começou…

A briga entre NewJeans e ADOR não surgiu do nada. Ela ganhou força quando, em novembro de 2024, as integrantes convocaram uma coletiva de imprensa anunciando que encerrariam suas atividades com a gravadora.

Segundo o que foi divulgado, o grupo acusava a ADOR de: maus-tratos, manipulação, falhas de comunicação e até assédio no ambiente de trabalho. Além disso, o grupo exigia a reintegração da ex-CEO Min Hee Jin, que havia sido demitida em agosto de 2024 — uma figura central para o NewJeans, já que era vista como mentora criativa das integrantes. A demissão desencadeou um sentimento de insegurança e quebra de confiança.

A situação escalou quando o NewJeans anunciou que deixaria a ADOR e adotaria um novo nome, NJZ, para tentar seguir carreira independente. Em fevereiro de 2025, elas começaram a operar sob essa nova marca, mas o tribunal rapidamente interveio. Em março, o tribunal da Coreia proibiu o grupo de continuar atividades independentes, emitindo uma liminar que amarrava a carreira do NJZ à ADOR até o julgamento definitivo.

Por fim, a disputa começou com acusações graves, que rapidamente se transformou em um debate complexo sobre contratos, gestão e direitos trabalhistas dentro da indústria do K-pop.

Conheça as partes envolvidas: NewJeans e ADOR

Para entender a disputa, é importante saber quem está de cada lado — e quais são suas motivações.

NewJeans — o girlgroup que chegou conquistando corações

O NewJeans debutou em julho de 2022 e, desde então, virou sensação global. Hits como “Attention”, “Ditto” e “Super Shy” dominaram as paradas. O EP “Get Up”, por exemplo, alcançou o #1 na Billboard 200 em 2023.

Com cinco integrantes — Minji, Hanni, Danielle, Haerin e Hyein — o grupo trouxe um estilo fresco, visual moderno e coreografias virais que consolidaram sua identidade em tempo recorde. Por outro lado, apesar do sucesso, o NewJeans era formado por artistas muito jovens (entre 17 e 21 anos). Isso aumentou o debate sobre direitos trabalhistas e a pressão sobre jovens idols na indústria musical, um tema recorrente no Kpop.

ADOR — a gravadora subsidiária da HYBE

A ADOR é uma empresa subsidiária da gigante HYBE, responsável por nomes como BTS e TXT. A CEO original, Min Hee Jin, era conhecida como mente criativa por trás do conceito do NewJeans.

Sua demissão em 2024, como mostram os documentos judiciais, foi um ponto decisivo, segundo o portal coreano Soompi, a 41ª Vara Cível do Tribunal Distrital Central de Seul determinou: “é difícil concluir que a ADOR violou o contrato apenas por demitir a ex-CEO Min Hee Jin”. Ou seja, do ponto de vista legal, a saída de Min Hee Jin não invalidava os contratos das integrantes.

A ADOR também negou as acusações de assédio e afirmou que tomou medidas imediatas, como revisar câmeras de segurança após denúncias de Hanni, o que também é citado no julgamento.

Como terminou a briga judicial de quase um ano?

A disputa durou meses, gerou incertezas para os fãs e paralisou completamente as atividades do NewJeans. Entretanto, o fim veio em outubro de 2025, quando o Tribunal Distrital Central de Seul deu sua decisão final.

O tribunal determinou que:

  • Os contratos de exclusividade do NewJeans com a ADOR são válidos até 31 de julho de 2029;
  • Não houve base legal para considerar que a ADOR descumpriu suas obrigações;
  • Não existiam provas suficientes para confirmar assédio moral;
  • A demissão da ex-CEO não invalidava os contratos.

A 41ª Vara Cível do Tribunal Distrital Central de Seul reforçou: “É difícil concluir que a ADOR violou o contrato de exclusividade apenas por demitir a ex-CEO Min Hee Jin”. Portanto, do ponto de vista legal, o NewJeans não tinha base suficiente para romper o contrato.

O retorno do NewJeans

Após a derrota judicial, as cinco integrantes optaram por respeitar a determinação do tribunal e retornar às atividades sob a administração da ADOR, e começaram a liberar comunicados individuais anunciando que retomariam suas atividades com a gravadora.

Impacto na carreira…

Durante o período da disputa:

  • O grupo entrou em hiato;
  • Atividades comerciais foram suspensas;
  • A marca NJZ não pôde seguir;
  • Lançamentos foram paralisados.

Fãs ficaram divididos entre apoiar as integrantes ou defender a continuidade da relação com a ADOR. Porém, com a decisão final e o retorno oficial, o NewJeans se prepara para reorganizar sua carreira.

Por que essa história importa para o futuro do K-pop?

A disputa entre NewJeans e ADOR mostrou o quanto a relação entre idols, agências, gravadoras e contratos pode ser frágil dentro da indústria musical. O caso abriu discussões globais sobre direitos trabalhistas no K-pop, especialmente quando jovens artistas enfrentam grandes corporações.

Depois de quase um ano de incertezas, acusações e decisões judiciais, o grupo decidiu retomar suas atividades com a ADOR, seguindo a determinação do tribunal. Para quem acompanha K-pop, o conflito serviu como alerta: por trás dos videoclipes, performances e charts, existe um sistema complexo — e, às vezes, tenso — que influencia a vida e a carreira dos artistas.

Se você quer continuar acompanhando a volta do NewJeans, seus próximos lançamentos e os próximos capítulos dessa história, siga acompanhando as novidades e fique atento ao FT. Já estamos ansiosos para trazer notícias sobre o próximo comeback do NewJeans!

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