CREED 2 é tão bom quanto o primeiro?

O primeiro Creed estreou há mais de dois anos e surpreendeu a todos na época, principalmente por dar uma repaginada à uma das franquias mais conhecidas do mundo, a do lutador Rocky Balboa. Agora ele chega com uma sequência que tinha tudo para perder o foco e ser mais uma continuação fraca, dessas que tanto vemos por aí, principalmente por resgatar personagens clássicos da saga. Mas afinal, Creed 2 é uma sequência que vale a pena?

S-I-M!


Creed 2 continua contando a história de Adonis Creed (Michael B Jordan), um boxeador que segue sua trajetória rumo ao campeonato mundial de boxe com o apoio de Rocky (Sylvester Stallone). Mas quando Viktor Drago (Florian Munteanu), filho de Ivan Drago (Dolph Lundgren), lutador que matou o seu pai, o desafia, ele tem em mãos a seu maior dificuldade: a jornada do autoconhecimento. Em meio a essa questão quase mortal, Creed também terá que encarar problemas cotidianos, como a paternidade, seu relacionamento com Bianca (Tessa Thompson) e seu orgulho.
Sufocante é a palavra que melhor define essa sequência. O protagonista segue em um silêncio desesperador durante a maior parte do filme, você sente que o peso das atitudes de Adonis caem sobre as suas costas e conforme a obra vai desenvolvendo isso só piora, ao ponto de que não há outra alternativa além de esperar o momento de explosão. Isso faz com que o personagem ganhe mais autenticidade e a história cresça em seu arco mais dramático, voltando para as origens que a saga Rocky sempre foi: um filme de drama.

A hora que o bicho explodir, sai da frente…

Diferente de Creed 1, há vários momentos do filme em que ele necessita ser mais calmo e com um narrativa mais densa, para que mostre o drama do personagem que precisa decidir se prefere ficar na sombra do pai para sempre ou conquistar seu próprio espaço. É por isso que trazer o personagem Ivan Drago não é apenas uma boa sacada para inserir referências para os fãs mais antigos, como também é uma motivação para a transformação de Adonis. 
OLHA A REFERÊNCIA!

As cenas de luta são emocionantes, além de ter uma coreografia excepcional e que passa muita realidade em cada soco e o espectador perde o fôlego quase se esquecendo que se trata de uma obra ficcional e que, provavelmente, o mocinho ganhará no final (inclusive o ator Florian Munteanu contou na CCXP18 que, sem querer, acertou uma de esquerda em Michael B. Jordan e a cena mesmo assim continuou!).
Mas quem realmente é o mocinho em Creed 2?

Não há! A história não tem a intenção de determinar aquela antiquada ideia de “Mocinho x Vilão”, as motivações dramáticas para Ivan estar ali tomando aquelas decisões são bem estabelecidas e você chega a ter empatia com personagem. Assim como Creed também deixa o ego tomar a cabeça em muitos momentos e você  discorda dele. É por isso que o filme não é sobre um herói tendo mais uma vitória, mas sim mostrar um homem crescendo e descobrindo os efeitos de seus atos.
 
Cumpra o destino, honre o legado, lute orgulhoso!

Não é spoiler dizer que Creed 2 é a despedida de Rocky Balboa da franquias, o ator Sylvester Stallone postou em diversas redes sociais dizendo ser um adeus. Mas não devemos ver como uma triste despedida e sim um bonito momento de estar passando o bastão carregado com muita história e sabedoria, fazendo os mais nostálgicos se emocionarem dando aquele adeus com muito respeito.

Diferente de muitas sequências, Creed 2 não inventa inovar, mas mantém a potência e a qualidade que surpreendeu a todos em 2015. O filme estreia hoje, dia 24 de janeiro, nos cinemas de todo o Brasil! 
Obrigado, Rocky!

 

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