Fotos: Aderbal Netto

Júlia Rezende lança seu primeiro álbum solo, ‘Mundo Ao Inverso’, e encara fase vulnerável

Exclusivo! A cantora Júlia Rezende, ex-integrante do grupo Ravena e destaque no The Voice Brasil, acaba de lançar seu álbum de estreia solo, intitulado “Mundo Ao Inverso“. Com oito faixas e produção de JEFF, indicado ao Grammy Latino, o projeto marca uma guinada autoral na carreira da artista e aposta em uma sonoridade única, que mistura pop, dark pop, R&B e rock alternativo.

Mais do que um debut, o disco é um reflexo do momento de transição e amadurecimento pessoal vivido por Júlia. “Sinto que finalmente encontrei meu propósito na música durante a construção desse álbum. Descobri minha força e minha verdade em ‘Mundo Ao Inverso‘”, afirma.

Dor real que vira música

Gravado de forma intensa e emocional, o álbum nasceu de um desejo de transformar vivências dolorosas em arte. Aliás, Júlia se emocionou em boa parte do processo e buscou provocar o mesmo no público. “Foi bonito ver meu time se emocionando junto comigo. É isso que quero provocar: que as pessoas sintam algo real.”

A música Monstro, por exemplo, foi escrita após uma decepção amorosa. Ao lado da compositora e amiga Carla Sol, Júlia escreveu a faixa dentro do carro, a caminho de um camping criativo. “Foi fácil escrever, mas doeu bastante falar sobre. Mesmo assim, foi libertador.”

Um disco dividido entre luz e sombra

“Mundo Ao Inverso” é dividido em dois blocos, representando as dualidades da artista. “Sempre senti que existiam duas Júlias muito distintas dentro de mim: a que é puro coração e a que é escudo. Por muito tempo pensei que precisava escolher entre elas, quando na verdade eu só precisava uni-las.”

Então, na primeira metade, faixas como “Alto Mar”, “Sem Ar” e a própria “Mundo Ao Inverso” trazem uma atmosfera introspectiva e sensível. Já na segunda parte, o álbum ganha tons mais densos e sombrios em faixas como “Ponta Cabeça”, “Monstro” e “Relaxa”. “Pela primeira vez, estou mostrando quem eu sou por completo – com todas as minhas sombras e luzes coexistindo“, reflete a artista.

Estética sonora que foge do óbvio

Criar uma identidade musical autêntica também foi prioridade no projeto. Com uma variedade de referências, Júlia apostou em um trabalho colaborativo com o produtor Jeff, que traduziu esse “caos” de influências em um som coeso. “Mostrei tudo que eu gosto musicalmente e é uma verdadeira salada de frutas – mas ele conseguiu organizar isso de um jeito que fizesse sentido pra quem ouve.”

O resultado é um disco que foge de fórmulas, apostando em atmosferas e climas únicos para cada faixa. “Ainda não escutei nada parecido aqui no Brasil, e isso me deixa orgulhosa.”

“Coragem” como assinatura

A música que encerra o álbum, “Coragem”, resume bem a essência do projeto: a autoaceitação. “Descobri que a minha maior força é a vulnerabilidade. Antes eu achava que isso era minha maior fraqueza, mas hoje vejo que é justamente o que me conecta com quem escuta minhas músicas.”

A coragem de se mostrar inteira, com suas falhas e potências, é o que dá vida ao álbum. Além disso, consolida Júlia como uma das novas vozes mais verdadeiras do pop alternativo.

Uma trajetória que não começou agora

Natural de Ipameri (GO), Júlia começou a cantar aos nove anos. Sua carreira ganhou projeção nacional com o grupo Ravena, revelado no X-Factor Brasil sob produção de Rick Bonadio, e depois se consolidou com sua passagem marcante pelo The Voice Brasil, onde chegou às quartas de final nos times de Michel Teló e Lulu Santos.

Agora, com um trabalho mais maduro, ela aposta em uma escuta sensível e honesta. “Mundo Ao Inverso” já está disponível em todas as plataformas e é só o começo da sua nova fase. Já escolheram a sua música favorita do álbum?

Você também pode gostar de:

Letra exclusiva! ‘Moletom’ abre novo capítulo para banda QuatroK

NCT Dream revisita seu passado ainda mirando no futuro

Ir para o topo