O hype vale a pena ou não? Depois de um ano de espera desde o primeiro filme, finalmente chegou a hora de descobrir o que vai acontecer em “Wicked: Parte 2”. A continuação da adaptação, dirigida por John M. Chu, chega aos cinemas brasileiros no dia 20 de novembro e o FT assistiu ao longa em primeira mão. Porém, a grande questão é: será que manteve a mesma qualidade do anterior? A resposta curta é sim, mas com ressalvas, sem citar spoilers!
Continuação direta com novas nuances
O filme retoma imediatamente aos acontecimentos do primeiro capítulo. Então vemos Elphaba, agora marcada como a “Bruxa Má do Oeste”, enfrentando as consequências de sua rebeldia contra o Mágico de Oz. Por outro lado, Glinda assume o posto de figura amada pelo povo, trazendo esperança diante a grande “ameaça”.
Se no musical da Broadway o segundo ato é mais corrido, aqui o roteiro ganha muito mais fôlego e espaço para detalhes. Algumas cenas foram alteradas ou expandidas, trazendo um aprofundamento maior nos personagens e em seus dilemas. Essa escolha dá mais densidade à narrativa e torna a experiência cinematográfica mais envolvente.
Elenco ainda mais em destaque
O brilho do atores continua sendo um dos pontos altos da produção. Mesmo que os dois longas tenham sido gravados ao mesmo tempo, Cynthia Erivo entrega uma Elphaba ainda mais sensível e magnética. A protagonista amplia a conexão emocional com o público, explorando novos sentimentos nas situações. Falando em sensações, Jonathan Bailey, mesmo com pouco tempo de tela, traz camadas ao Fiyero. Um exemplo disso é na faixa “As Long As You’re Mine”, que arranca arrepios e gritos internos da melhor forma possível.
Além disso, Michelle Yeoh e Ethan Slater conquistam nosso foco nesta segunda parte e aproveitam cada minuto, oferecendo performances intensas e memoráveis. Ariana Grande, Jeff Goldblum e Marissa Bode também têm seus momentos de brilho, reforçando a força coletiva do elenco.
Porém, algumas performances não passaram despercebidas em ambos sentidos. Um exemplo disso é a atuação de Ariana no momento de “For Good”. Para quem não sabe, este ato precisou ser regravado por escolha da produção, muito tempo depois das filmagens. Por isso, pelas diferentes expressões da cantora em um momento tão sincero, por conta dos diferentes takes, pode soar distinto. Não é uma característica que destrói a experiência mas algo que faz refletir sobre a montagem se você se atentar n ahora. Portanto, é inegável que alguns artistas souberam explorar mais de alguns atos do que outros.
A força da música é incontestável
Seria impossível falar de “Wicked” sem mencionar a trilha sonora. Aqui, as canções não apenas se mantêm no quesito qualidade, como crescem no impacto. Não há faixas descartáveis: até aquelas que no palco poderiam soar menos marcantes ganham nova vida no cinema. Fiquem tranquilos que a maioria foi aprimorada, assim como feito na primeira parte da adaptação!
Nas redes sociais, as faixas originais “The Girl in the Bubble” e “No Place Like Home” já estavam dando o que falar pelo novo impacto que trariam na narrativa. Ambas ajudam a esclarecer motivações e humanizar ainda mais as protagonistas, contudo podiam ser mais liricamente diretas como outras letras do musical. Como é de se esperar, ambas tentarão concorrer na categoria de “Canção Original” no Oscar 2026, mas somente o solo de Cynthia Erivo garante mais chance de vencer essa corrida. De qualquer modo, ainda temos um musical em que cada número apresenta um peso narrativo e emocional.
Estilo visual único e repetidas escolhas de direção
John M. Chu repete a grandiosidade visual do primeiro filme, com cenas que impressionam pela escala e pelo impacto estético. Há momentos que beiram o majestoso, dignos de aplausos. Talvez este seja um dos pontos que mais influencia na experiência individual positiva com a obra.
Aliás, desta vez, o diretor aposta em um recurso que pode dividir opiniões: o uso frequente de flashbacks. Embora a maioria funcione bem, a repetição excessiva dá a sensação de subestimar a memória do público, quebrando o ritmo em certos trechos. Seja visualmente ou apenas um som, é o ponto mais frágil da obra. A maioria poderia ser deixada de lado, sendo pouco importantes o suficiente para continuar na decisão final.
Vale a pena assistir?
Apesar das pequenas falhas, “Wicked: Parte 2” é um espetáculo que cumpre o que se propôs a fazer: emociona, encanta e entrega uma conclusão satisfatória para fãs e curiosos. Quem gostou da primeira parte dificilmente sairá decepcionado.
Mais do que um musical, o filme reforça mensagens sobre amizade, escolhas e a importância de compartilhar experiências com quem se ama. É uma obra que pede para estar em conjunto, seja com amigos, familiares ou parceiros.
Veredito final
“Wicked: Parte 2” é um espetáculo visual e musical que honra o legado da Broadway e expande o universo de Oz com emoção e intensidade. Mesmo com mais defeitos, mesmo que muito pequenos do que a primeira parte, é uma experiência que merece ser vivida na tela grande. A continuação das bruxas de Oz estreia nos cinemas brasileiros em 20 de novembro, com sessões antecipadas já disponíveis. Preparados para viver esta magia pela última vez?
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