Pokémon Legends: Z-A traz novos ares e revoluciona a franquia

Pokémon Legends: Z-A finalmente chegou aos consoles e promete mudar tudo o que a gente conhece sobre o universo Pokémon. O novo título aposta forte em um sistema de combate em tempo real, integrações diretas entre ambiente e ação, e mergulha na história de Lumiose City como palco de redescobertas. Para os fãs de Pokémon e curiosos por novidades, esta é uma das apostas mais ambiciosas da Game Freak em anos.

Imagem: Divulgação/Nintendo/Game Freak

Batalhas em tempo real transformam o jeito de lutar em Pokémon

O novo sistema de combates é o grande destaque. Diferente dos formatos de turno tradicionais, aqui as lutas ocorrem em tempo real: cada movimento possui um tempo de recarga, não há mais PP, o que exige reação rápida e estratégia adaptativa.

Ataques de status, buffs e debuffs saem da “categoria opcional” e ganham protagonismo: parar o adversário, reduzir defesas ou provocar confusão torna-se igual de importante que dar dano bruto. Em vários embates, é possível ver combinações criativas: por exemplo, “congelar + diminuir defesa + ataque físico rápido”. O posicionamento também entra em cena: árvores, obstáculos e alcance de golpes dependem de onde você está no campo.

Uma consequência interessante dessa mecânica é que ela nivela o campo para jogadores casuais: movimentos que antes pareciam “opcionais demais” ganham utilidade nas batalhas. Ao mesmo tempo, veteranos vão apreciar como cada decisão importa em meio ao caos controlado. Há tropeços, a IA de NPCs tende a repetir padrões, mas o resultado geral é um combate renovado, dinâmico e empolgante.

Imagem: Divulgação/Nintendo/Game Freak

Switch 2 brilha, mas Pokémon Legends: Z-A surpreende no Switch 1

No Nintendo Switch 2, Pokémon Legends: Z-A exibe o seu potencial máximo. Os carregamentos são rápidos, a taxa de quadros é estável, e as quedas são raras mesmo em momentos com muitos efeitos visuais e criaturas na tela. Lumiose City ganha vida com cores vibrantes, trilhas atmosféricas e movimentações fluídas de NPCs e Pokémon.

A expectativa natural era de que a versão no Switch original seria severamente limitada, mas a Game Freak surpreende. Durante testes iniciais, o jogo roda de forma aceitável, com gráficos levemente reduzidos e ajustes em sombras e efeitos, mas ainda entrega uma experiência sólida. Não é tão fluido quanto no hardware mais novo, mas fiel ao conceito. Os bugs técnicos existem (NPCs pop-in, sombras cortadas), mas não comprometem a diversão central.

Ter uma versão funcional no Switch 1 mostra que Z-A não abandona parte significativa da base de jogadores e isso gera elogios. Claro, não espere que todos os filtros visuais estejam ativos, mas o essencial da jogabilidade permanece intacto.

Imagem: Divulgação/Nintendo/Game Freak

Megaevoluções voltam com força total e roubam a cena em Lumiose

As Megaevoluções retornam com força em Pokémon Legends: Z-A. Mas desta vez em uma vertente ousada: as Rogue Mega Evoluções. Em confrontos especiais, essas formas evoluídas ganham mecânicas únicas, estilos de combate distintos e visual impactante. Cada Mega Rogue é tratada quase como um chefe, exigindo adaptação de estratégia a cada encontro.

Não são apenas versões mais potentes, algumas causam alterações de atributos agressivos, mudanças de comportamento ou habilidades exclusivas. O jogo ainda permite desbloquear Mega Stones por meio de batalhas especiais, coleta de Mega Shards e missões, o que incentiva exploração e repetição de desafios.

É nesse aspecto que Pokémon Legends: Z-A brilha: a Megaevolução, antes vista como um bônus ocasional, aqui é parte integrante do progresso do jogo. A narrativa e as mecânicas se entrelaçam para dar sentido a cada “mega” liberada.

Imagem: Divulgação/Nintendo/Game Freak

Nem tudo é perfeito: onde Pokémon Legends: Z-A ainda tropeça

Mesmo com tantos acertos, Z-A traz pontos que merecem atenção. A repetição de padrões da IA em batalhas segue como limitação, especialmente nos níveis médios iniciais. A câmera, em momentos de tumulto, pode se perder, como quando um Pokémon voa para dentro da cena ou vários efeitos de golpe se sobrepõem.

Outro ponto sensível é a ausência de vozes nas cutscenes. Em uma era em que diálogos falados são padrão em muitos títulos, os personagens ficam limitados a texto. Para quem busca imersão total, isso pesa. Também há crítica válida à falta de localização completa para o português do Brasil, faltam vozes e falas dubladas, o que impede uma experiência mais acolhedora para o público local.

No quesito visual, Lumiose é bem realizada, porém sofre com certa homogeneidade urbana: prédios em série, repetição arquitetônica e falta de contraste entre zonas da cidade. Um pouco mais de diversidade visual faria bem.

DLC de Pokémon Legends: Z-A promete expandir o caos das Megas

A DLC anunciada para Pokémon Legends: Z-A tem sido motivo de expectativa: promete novos modos de batalha, mais Mega Rogues e expansão das Wild Zones de Lumiose. Rumores apontam para tramas inéditas envolvendo AZ, Floette e segredos do “projeto Z-A” que ficaram subentendidos no jogo base.

Além disso, especula-se a liberação de conteúdo cross-region: monstros exclusivos de outras regiões aparecendo em Lumiose, com sinergias especiais com as mecânicas já existentes. Se a DLC entregar isso, terá potencial de manter o jogo vivo por meses e aumentar ainda mais o alcance do título entre fãs de Pokémon e jogadores casuais.

Imagem: Divulgação/Nintendo/Game Freak

Entre política e emoção: a história mais humana de Pokémon

Pokemon Legends: Z-A é ambientado em Lumiose City, capital da região de Kalos, e resgata elementos de Pokémon X & Y. A narrativa gira em torno de um projeto de urbanização e equilíbrio entre humanos e Pokémon, sobretudo a coexistência pacífica. Em meio a isso, várias Megaevoluções começam a ocorrer de forma misteriosa e descontrolada, ameaçando a ordem da cidade.

O jogador é inserido como membro de uma equipe chamada MZ, cuja missão é proteger Lumiose de crises causadas pelas Megas. Essa missão te coloca frente a frente com personagens conhecidos da mitologia Pokémon (como AZ e Floette), bem como novos aliados e antagonistas com motivações políticas e emocionais intensas.

A história leva seu tempo para engrenar: nos primeiros momentos, o foco é familiarizar com mecânicas e explorar os cantos de Lumiose. Mas conforme as revelações se acumulam, os laços entre personagens e as escolhas morais se intensificam. De dilemas éticos sobre “controle” versus “liberdade” até confrontos pessoais, o enredo de Z-A é uma das mais apaixonantes de um jogo desta franquia.

Pokémon Legends: Z-A é a evolução que a franquia precisava

Pokémon Legends: Z-A representa um divisor de águas para a série Pokémon. Com batalhas em tempo real, mecânicas de status integradas, e Megaevoluções revisadas como núcleo de progressão, o jogo entrega um frescor muito bem-vindo. Ele brilha especialmente no Switch 2, mas impressiona por manter a essência no Switch original. Há pontos a ajustar: IA, câmeras e localização, mas o saldo é altamente positivo. E com a DLC no horizonte, há muito mais por vir.

Se você é fã de Pokémon ou apenas curioso sobre inovações em jogos de ação com estratégia, vale colocar Pokémon Legends: Z-A no radar. Pegue seu console, explore Lumiose e descubra como a Game Freak reinventou (com ousadia) o universo Pokémon.

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