Levante-se, Maculado! Elden Ring vai virar filme. A adaptação live-action do RPG que redefiniu o gênero soulslike está sendo produzida pela A24, com direção e roteiro de Alex Garland, nome por trás de filmes como “Ex Machina” e “Guerra Civil”. O anúncio veio após meses de rumores e, como esperado, já colocou a comunidade gamer em polvorosa.
Além de Garland, o projeto contará com um time de peso na produção, incluindo George R. R. Martin, que ajudou a construir a mitologia do jogo, e Vince Gerardis, produtor de “Game of Thrones”. Ainda não há data de estreia definida, mas a expectativa é de algo grandioso, sombrio e brutal, como a experiência no game.
“Elden Ring”, um soulslike fora da curva
Lançado em 2022, “Elden Ring” é fruto da parceria entre Hidetaka Miyazaki, criador de “Dark Souls”, e George R. R. Martin. A fórmula é conhecida: dificuldade elevada, combate punitivo e narrativa fragmentada. Mas aqui, tudo é ampliado.
O mundo aberto de “Elden Ring” trouxe liberdade inédita aos jogos da FromSoftware, com regiões vastas e secretos em cada canto. A exploração virou parte da história e não apenas uma distração. A jornada do Maculado pelo Interlúdio e suas terras devastadas se tornou um marco, elevando o soulslike a outro patamar.
Se o filme quiser capturar a essência do jogo, vai precisar ir além da estética dark fantasy e mergulhar nesse sentimento de descoberta, solidão e transcendência que só “Elden Ring” entrega.
O rico universo e a lore de tirar o fôlego
A lore de “Elden Ring” é um quebra-cabeça mitológico. Com semideuses corrompidos por poder, guerras antigas, reinos caídos e a misteriosa destruição do Anel Prístino. O mundo não explica suas regras com clareza, fazendo com que o jogador tenha que descobrir tudo nas entrelinhas, nas descrições de itens e nas batalhas intensas.
Para o cinema, esse desafio pode ser uma bênção: há espaço de sobra para interpretações criativas. O roteiro pode escolher seguir os passos do Maculado ou criar uma nova linha narrativa dentro do universo do game. O importante é não diluir a densidade do material original em algo raso.
O mundo de “Elden Ring” é quase um personagem por si só. Ambientes como Caelid, Nokron e Leyndell precisam estar presentes com todo o impacto visual e narrativo que representam. Se a A24 quiser fazer história, é aqui que ela vai brilhar.
A união entre Bandai Namco e A24
A parceria entre a Bandai Namco e a A24 pegou muitos de surpresa, mas faz total sentido. A Bandai, gigante japonesa dos games, traz a autoridade e os direitos da franquia. Já a A24 é conhecida por seus filmes autorais, muitas vezes sombrios, introspectivos e visualmente ousados — combinação perfeita para uma adaptação do game.
Essa união promete fugir do padrão hollywoodiano de blockbusters genéricos. Com o DNA criativo da A24 e a profundidade do universo “Elden Ring’, o projeto tem tudo para ser um marco entre as adaptações de videogame para o cinema.
E o envolvimento da A24 pode significar algo além do entretenimento: uma obra com alma artística, provocativa e memorável.
George R. R. Martin: de Westeros para o Interlúdio
Martin não apenas colaborou na construção do mundo de “Elden Ring”, mas agora também está oficialmente envolvido na produção do longa. Embora seu papel exato ainda não esteja definido, sua presença é um sinal claro de que o filme não será uma adaptação superficial.
Seu estilo narrativo, cheio de intrigas políticas, personagens moralmente ambíguos e reviravoltas brutais, combina perfeitamente com o tom do game. Se ele contribuir com novos elementos para o roteiro, é possível que o filme expanda ainda mais o universo da franquia.
Seja como produtor ou consultor, Martin pode ajudar a manter a fidelidade e a grandiosidade que os fãs esperam dessa adaptação.
Personagens que queremos muito ver nas telonas
Apesar do foco no jogador Maculado, “Elden Ring” é recheado de personagens icônicos que merecem espaço na adaptação. Entre os favoritos, Ranni, a Bruxa é uma das mais adoradas, tanto por sua estética gótica quanto pela profundidade de sua trama.
Outro nome que os fãs esperam é Malenia, a Blade of Miquella. Ícone visual e símbolo da dificuldade extrema do jogo, ela pode facilmente roubar a cena no cinema.
Também seria incrível ver a presença de personagens como Blaidd, o lobo guerreiro, e Melina, que guia o jogador durante a jornada. Eles são elementos emocionais importantes, capazes de dar camadas humanas à brutalidade do mundo de “Elden Ring”.
Chefes que seriam destaque no filme
Vamos falar de ação? Os chefes do jogo são o ápice do desafio e da estética geral. E se há algo que o filme precisa acertar, é a representação dessas batalhas.
Além disso, entre os nomes mais esperados, Malenia não pode faltar. Sua luta é um espetáculo de velocidade e precisão, imagina isso numa telona, com trilha épica e câmera lenta coreografada?
Radahn, com seu evento em estilo “festival de guerra”, também tem potencial cinematográfico imenso. A luta contra ele envolve dezenas de NPCs e um campo de batalha aberto, o que pode render uma sequência digna de grandes épicos de guerra.
Aliás, claro, não podemos esquecer do Dragão Placidusax, do Godfrey e de Maliketh. Todos possuem visual impactante e histórias marcantes — ingredientes perfeitos para cenas memoráveis.
O que vem aí: filme, hype e “Elden Ring: Nightreign“
Enquanto o filme não chega, os fãs já têm outro motivo para comemorar: “Elden Ring: Nightreign”, novo jogo da franquia, chega em 30 de maio. Então, com foco em partidas cooperativas para trios de jogadores, o game promete inovar na estrutura de gameplay e trazer novos desafios em um ciclo de três dias e três noites.
Nightreign não exige o jogo original para funcionar, mas se passa no mesmo universo, o que pode indicar conexões futuras — talvez até com o próprio longa?
Ou seja, no fim das contas, o live-action de “Elden Ring” é mais do que uma adaptação: é uma chance de expandir um dos mundos mais fascinantes já criados nos games. Se tudo der certo, o filme pode se tornar referência em como levar o universo dos videogames para o cinema com profundidade, respeito e visão artística.
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