Agora que a nova versão de “Gossip Girl” está entre nós, vai ser difícil não pensarmos nisso a todo momento. Claro que ainda é cedo para dizer se a série fará jus ao sucesso de sua antecessora, mas já é possível ter uma noção de quais serão as principais diferenças e darmos um palpite.
Em entrevista ao Entertainment Weekly, o criador e produtor Joshua Safran revelou alguns detalhes sobre a produção da HBO Max. Para começar, ele contou que não foi um grande apoiador do projeto a princípio. Somente após ter uma ideia martelando em sua cabeça um fim de semana inteiro, que ele percebeu que série deveria acontecer.
“Fiz uma escolha bastante clara do que ‘Gossip Girl’ seria se existisse em 2021, e essa escolha é mais limitante e mais abrangente ao mesmo tempo.” Obviamente, ele manteve essa ideia brilhante em segredo, mas resolveu dar uma dicas.
“Por um tempo, minha tese era uma fofoca única, é uma ideia velha porque a fofoca está em toda parte agora. Fofoca é um tuíte que alguém posta e todo mundo retuíta. Mas então Deuxmoi [conta anônima de fofoca no Instagram] me ferrou porque é como, ‘Oh, aqui está um site de fofoca que ainda existe e está funcionando muito bem.’ Então é interessante ver o que ‘Gossip Girl’ será na era de Deuxmoi…“, compartilhou.
Assim como na versão anterior, não sabemos quem estará por trás desse perfil. Mas as semelhanças param por aí, pois, no que quesito enredo, Joshua disse que devemos esperar personagens e histórias mais diversificadas e inclusivas, principalmente quanto a suas orientações sexuais. “Hoje em dia as crianças são fluidas mesmo antes do ensino médio.”
Essa falta de pressão por um rótulo fará com que alguns personagens declarem suas prefências, enquanto outros não. Além da sexualidade, a presença de um elenco negro impactará diretamente nas questões sociais abordadas na trama.
“As experiências que elas tiveram são totalmente diferentes e isso é muito importante no mundo. E assim, uma delas não entende a experiência da outra tanto quanto deveria e essa é uma jornada que elas seguem“, disse Joshua a respeito de Julien e Zoya, ambas negras, mas uma é rica enquanto a outra não.
Outra diferença citada pelo criador é na quantidade de pessoas no elenco regular: 15 atores ao todo. “É mais parecido com ‘Downton Abbey’ em termos de elenco extenso e um evento a cada episódio. Ser milionário em uma escola particular em 2007 é muito diferente do que agora. Estamos lidando com bilhões globais.”
Por fim, o amplo acesso a informação foi um fator determinante para a construção do enredo. Hoje em dia, por conta da internet, os jovens estão mais atentos e conscientes ao que acontece em seu redor.
“A série é realmente sobre os pecados dos pais. [No original] os jovens não sabiam mais detalhes. Nesta versão, eles sabem. Os adolescentes sabem de onde veio o dinheiro dos pais. Eles sabem o que os pais fizeram para chegar lá, ou talvez tenham feito vista grossa para eles. No momento, a vida depende muito de fechar os olhos para as coisas. Se você está no Instagram, pode estar tendo um dia horrível, mas se quiser fazer uma live ou publicar um Story, você coloca um sorriso e ninguém vai saber que fora desse Story, você está uma bagunça“, concluiu.
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