No dia 5 de dezembro, estreia com exclusividade na plataforma Aquarius o documentário “Um passo a mais“, que acompanha a jornada do montanhista Bernardo Fonseca rumo ao cume do Monte Everest. Mais do que uma conquista esportiva, o filme transforma superação em consciência ambiental, propondo uma nova forma de se relacionar com a natureza, especialmente com os ecossistemas de montanha.
Everest: beleza extrema e impacto invisível
O Everest, com seus 8.848 metros de altitude, é o ponto mais alto do planeta. Desde 1953, mais de 12 mil pessoas alcançaram o topo, mas essa conquista cobra um alto preço ambiental: todos os anos, cerca de 100 toneladas de lixo ficam espalhadas pela rota da face Sul. Diante desse cenário alarmante, Bernardo Fonseca decidiu liderar uma expedição sustentável, registrada pela Bambalaio Filmes sob direção de Rafael Duarte.
Uma jornada de respeito e reflexão
O filme mostra desde a entrada no Vale do Khumbu até os campos altos da montanha, revelando iniciativas locais de gestão de resíduos, como depósitos ao longo da trilha, ações de reciclagem e até o “upcycling”, transformação de lixo em arte. Bolsinhas de 1 kg são distribuídas para que alpinistas levem resíduos de volta à cidade, colaborando com a limpeza da trilha.
Durante a expedição, a equipe contratou um helicóptero para remover cerca de 100 kg de lixo do Campo 2, reforçando o compromisso com o mínimo impacto ambiental. “Escalar de forma sustentável era uma forma de respeito, e registrar tudo, uma forma de mostrar que é possível fazer diferente”, afirma Bernardo.
Bernardo Fonseca: do Saara ao Everest
Carioca de 47 anos, Bernardo Fonseca tem um histórico impressionante: correu sua primeira maratona aos 13, fez o primeiro Iron Man aos 17 e já enfrentou temperaturas extremas em ultramaratonas na Antártica e no Saara. Como alpinista, escalou montanhas como Kilimanjaro, Aconcágua, Manaslu e o próprio Everest. Aliás, em seus eventos esportivos, organizados pela empresa X3M, há penalidades para descarte irregular de lixo, uma forma de educar e conscientizar os participantes.
Um filme urgente e necessário
Além disso, o documentário foi gravado na temporada mais letal da história do Everest, com 17 mortes atribuídas às mudanças climáticas. O documentário propõe uma autocrítica sobre o impacto do esporte na natureza e convida o público a enxergar a montanha como parceira, não como palco de exploração.
“O filme celebra iniciativas que ajudam a proteger os ecossistemas de montanha. Queremos mostrar que qualquer ação bem-intencionada, por menor que seja, tem valor”, destaca o diretor Rafael Duarte.
Onde assistir?
Sendo assim, o documentário estará disponível a partir de 5 de dezembro na plataforma Aquarius, além de canais no Prime Video e Claro TV+. No dia seguinte, inicia sua carreira internacional com exibição no Krakow Mountain Festival, na Polônia.
Ou seja, mais do que uma história sobre altitude, “Um Passo a Mais” é um convite para enxergar o planeta com novos olhos. A produção da Aquarius transforma o Everest em uma metáfora de superação e respeito. Ela mostra que o passo mais importante nem sempre é o que nos leva ao topo, mas aquele que nos conecta à natureza.
Você também pode gostar de:
Caneta clássica da BIC entra no clima de ‘Stranger Things’ com nova coleção limitada
DENNIS DJ lança novo álbum ‘Submundo do Phonk Vol 1’ e traz muito funk brasileiro

