Se você começou a ouvir Bad Bunny por causa do “DeBÍ TiRAR MáS FOToS”, bem-vindo ao clubinho! O álbum, lançado em 2024, virou febre e foi o ponto de partida para uma explosão de streams do cantor no Brasil. De repente, suas músicas estavam em playlists, trends e, quando percebemos, o nome de Benito estava em todo lugar.
Esse crescimento, aliás, não foi apenas uma impressão: o número de ouvintes brasileiros nas plataformas de streaming praticamente quadruplicou nos últimos dois anos. Ou seja, se antes ele era “aquele cantor de reggaeton”, agora é o cantor de reggaeton — e não só isso.
Dois shows, corre que vai acabar!
Em 2026, Bad Bunny desembarca no Brasil pela primeira vez com sua nova turnê mundial. E adivinha? Os dois shows marcados para São Paulo (20 e 21 de fevereiro, no Allianz Parque) Sim, um estádio já lotado para cantar reggaeton em espanhol no coração da capital paulista — e o segundo dia segue com ingressos à venda.
Esse cenário seria impensável até pouco tempo atrás, quando a maioria dos artistas latinos se apresentava por aqui em palcos menores, muitas vezes fora do radar do grande público. Hoje, a realidade é outra: é estádio cheio, é gritaria, é fã pedindo por data extra.
Música latina em alta: não é só o Benito
Mas o fenômeno vai além de Bad Bunny. Cada vez mais, artistas latinos conquistam espaço no gosto do público brasileiro — e também do mundo.
Prova disso está na Billboard 200. Pela primeira vez na história, dois álbuns em espanhol ocuparam simultaneamente o topo da parada dos EUA. O primeiro lugar ficou com “DeBÍ TiRAR MáS FOToS”, de Bad Bunny, e o segundo com “111XPANTIA”, da banda mexicana Fuerza Regida, representante da música regional mexicana.
Então, se até a Billboard já se rendeu, o Brasil não deve ficar atrás nessa onda.
Por que isso está acontecendo?
Diversos fatores ajudam a explicar esse boom. Para começar, as barreiras linguísticas vêm se dissolvendo. Hoje em dia, é comum cantar em espanhol, coreano ou francês sem nem perceber — as fronteiras musicais estão mais fluidas do que nunca.
Além disso, a cultura latina ganhou protagonismo. Está nos filmes, nas redes sociais, nas passarelas e até nos filtros do Instagram. Todo esse movimento desperta curiosidade, aproxima públicos e abre espaço para sons que, antes, pareciam distantes.
E claro, há o impacto do próprio Bad Bunny. Mais do que um cantor, ele se tornou um símbolo cultural. Mistura reggaeton, trap, pop e crítica social com autenticidade e estilo. Ou seja, o resultado é uma presença que transborda a música e conquista multidões.
E o futuro — será latino?
Tudo indica que sim. Artistas como Karol G, Maluma, Shakira e muitos outros vêm conquistando as paradas brasileiras. Dessa forma, a tendência é que a música latina deixe de ser vista como um “nicho” e passe a fazer parte do nosso cotidiano.
Assim, se depender dos fãs brasileiros, o reggaeton vai continuar dominando os fones de ouvido, as pistas de dança e — como estamos vendo — os estádios também.
Já garantiu seu ingresso? Se não, é hora de torcer por uma nova data… ou quem sabe um show no Rio?