Conheça Malala, a jovem que lutou por educação em seu país

Você já ouviu falar da Malala Yousafzai? Ela é uma jovem paquistanesa de 21 anos ganhadora do Nobel da Paz em 2014, junto com o indiano Kailash Satyarthi. Contudo, essa notoriedade não veio de graça.
A jovem se tornou conhecida no mundo inteiro após ser baleada na cabeça aos 15 anos de idade por membros do Talibã, um movimento fundamentalista islâmico nacionalista difundido no Paquistão e Afeganistão. O ataque aconteceu porque Malala defendia o direito das meninas irem à escola. Parece loucura né? Mas aconteceu!

O interesse pelo estudo

A garota desde pequena gosta de estudar, motivada principalmente pela sua família. O pai, professor e dono de uma escola, viu em Malala uma aluna perfeita e a incentivou a gostar de física, literatura, história, política e se indignar com as injustiças do mundo. Isso tudo num país que não tem costume de educar garotas.
Quando completou 10 anos, Malala viu o Talibã dominar o Vale do Swart, região em que nasceu. Sob o governo paralelo da milícia, as escolas foram obrigadas a interromper as aulas dadas às meninas por um mês. O pai de Malala até pediu ajuda aos militares para continuar educando, mas a situação era tensa.
Foi nessa época que a jovem criou um blog, Diário de uma Estudante Paquistanesa, no qual expunha sua paixão pelos estudos e as dificuldades enfrentadas no país sob o domínio do Talibã. Malala também defendia abertamente seu apoio a educação feminina! Muito guerreira.

Malala e o hindu Kailash Satyarthi

Claro que tudo era feito as escondidas, com a assinatura de um pseudônimo. Mas em pouco tempo todo mundo já conhecida o blog da Malala, rendendo entrevistas, participação em documentário e até indicação ao Prêmio Internacional da Paz da Infância em 2011!
Sua família sabia dos riscos de tanta exposição, mas acreditavam que, em caso de ataque, o alvo seria o pai. Ziauddin Yousafzai era bastante conhecido na região e ativista educacional como a filha.

O atentado

Em 2010, os talibãs haviam perdido o território, mas continuavam rondando a área. E Malala, que já era conhecida por sua militância, passou a receber ameaças de morte.
Foi no dia 9 de outubro de 2012 que o atentado aconteceu. A garota estava voltando de ônibus da escola quando dois membros da milícia fundamentalista invadiram o veículo. Eles perguntaram: “Quem é Malala?”, mas ninguém respondeu. Só que um dos terrorista reconheceu a jovem e disparou três tiros na cabeça dela.

Ela foi socorrida e levada ao hospital, onde permaneceu em estado grave. Quando sua condição piorou, foi levada para Birmingham, na Inglaterra, e recebeu atendimento especializado. Felizmente Malala sobreviveu ao ocorrido sem problemas.
Em janeiro de 2013 recebeu alta, mas continuo o tratamento no país. Toda sua família se mudou para Birmingham, onde vive exilada.

Malala como porta voz da educação

Mesmo tendo sofrido um atentado, Malala não abaixou a cabeça e se tornou uma porta voz dos direitos à educação. Um ano após o ocorrido, quando completou 16 anos, a jovem foi para Nova Iorque onde fez seu discurso mais emblemático.
Diante de uma plateia com representantes de mais de 100 países na Assembleia de Jovens das Nações Unidas, Malala deixou claro sua luta e garantiu que não será silenciada por ameaças terroristas.

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Nossos livros e canetas são as armas mais poderosas. Uma criança, um professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo. Educação é a única solução”, disse após pedir que mais crianças tenha acesso às escolas.
Sua história rodou o mundo, indo parar na autobiografia, Eu Sou Malala, escrita por ela com Christina Lamb. O livro foi traduzido em diversas línguas e até transformado em versão para crianças. Além disso, Malala criou um fundo que leva seu nome e promove educação às meninas no Paquistão.
O Prêmio Nobel da Paz veio em 2014, quando ela tinha 17 anos. A honraria foi dividia com o hindu Kailash Satyarthi, responsável por resgatar 80 mil crianças escravas na Índia. Malala é a mais jovem ganhadora da premiação.
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A garota voltou ao seu país em março de 2018, após seis anos! Durante a visita, encontrou o primeiro-ministro e fez um discurso emocionante, no qual disse que jamais sairia do Paquistão se dependesse dela.
Malala se tornou um símbolo de luta pela educação, provando a importância do estudo. Ela será para sempre lembrada pelos seus feitos e conquistas, e mostra o quanto é importante defender o direito de estudar.

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